Saiba quais cuidados deve ter ao analisar a simulação de aposentadoria feita de forma automatizada pelo INSS

Recentemente, o INSS criou o serviço “Simular Aposentadoria”, o qual pode ser acessado através do site ou aplicativo “Meu INSS”.

Para acessar a ferramenta, basta entrar no sistema com o login e senha (CPF e mesma senha utilizada no Gov), clicar em “Do que você precisa?” e escrever “simular aposentadoria”. O documento é gerado; e é possível salvá-lo clicando em “Baixar PDF”.

O objetivo é que os segurados da Previdência Social possam identificar quanto tempo falta para se aposentar. A ferramenta, de fato, auxilia na checagem de dados e permite que a pessoa tenha uma ideia do que consta no sistema.

Contudo, é preciso ter cuidado: a simulação é feita com as informações que estão na base de dados do INSS, ou seja, que estão regularizadas e devidamente inseridas neste novo mundo digital.

Por isso, em muitos casos, os dados que aparecem no documento não correspondem à realidade fática da pessoa. Se houver tempo de contribuição com irregularidades (como períodos em que as contribuições tenham sido feitas sobre valores inferiores ao salário mínimo ou fora do prazo, por exemplo), esse não estará sendo levado em consideração na simulação automatizada.

Outra situação bastante comum é a pessoa ter contrato (s) de trabalho registrado (s) na carteira de trabalho antiga (física) que não aparecem no sistema digital. Esses períodos, da mesma forma, não estarão sendo computados na simulação automatizada – que acabará por apresentar um resultado incorreto.

Por isso, a simulação deve ser utilizada somente para fins de consulta, para se ter uma ideia do que já está regular no sistema digital.

Tanto para planejar a aposentadoria futura, como para postular uma aposentadoria imediata, é imprescindível que um advogado especializado em direito previdenciário faça uma análise minuciosa sobre a integralidade dos documentos da pessoa – físicos e digitais –, a fim de apurar a melhor estratégia para o caso.